Olá, segue o terceiro e último post do Gluten Free 2012, pela nossa correspondente Silvia direto de São Paulo.
Silvia fez um resumo do que viu nas palestras do Glúten Free, saliento a importância de se investigar as
alergias e intolerâncias alimentares
através dos exames de sangue pelas taxas de imunoglobulinas (IgE e IgG).
Além disso, a Silvia nos contou que adotou um hábito excelente com a DC, que é o de levar seus aliementos em festinhas, sempre alguém quer experimentar, concordo Silvia!
Nossos parabéns a você pelo excelente trabalho!
Bem, se vocês estão seguindo a minha matéria sobre o
3º GLUTEN FREE E 1º ZERO LACTOSE DE SÃO PAULO, neste ano de 2012, eu não
preciso nem mencionar o quão super qualificados eram os palestrantes. Mas, se
você não leu a matéria anterior e ficou interessado em saber quem eram os
profissionais que deram um verdadeiro show, ou melhor, uma imensa chuva de
conhecimento para os celíacos, suas famílias e seus cuidadores,
acesse gluten free e
selecione PALESTRANTES.
Agora, vamos ao que interessa! Bem, como todos já
sabem, a doença celíaca, ou “DC” para os íntimos, apareceu em mim no final do
ano passado (2011).
Para uma criatura metida à gourmet como eu, claro,
foi o caos. Eu quase que pirei. Entretanto, como informação é poder, eu logo
tratei de entender o que era e como lidar com a doença.
Em minha caminhada em busca de conhecimento, acabei
conhecendo a ACELBRA – Associação dos Cleíacos do Brasil, que tem cartilhas
ótimas com informações valiosíssimas e que me fez ficar interessada em
participar do GLUTEN FREE. E claro, também acabei conhecendo uma criatura muito
fofa, mas totalmente sem glúten (a Josi!), cujo blog com receitas e informações
livres de glúten agraciou-me com uma credencial VIP para participar do evento.
Como a programação de palestras abertas contou com
cinco profissionais, eu vou fazer um resumo geral, me atendo ao conteúdo que
absorvi sobre os temas ministrados pelos três primeiros palestrantes, para que
vocês possam perceber o quanto este evento é importante e necessário.
Começamos com a Dra Lucyanna Kalluf, cujo tema foi “Tratamentos
alternativos para intolerâncias e alergias alimentares”. Com esta palestra eu
aprendi que realmente somos um reflexo daquilo que comemos. Ao olhar um par de
silhuetas preenchidas com alimentos, pude entender por que. Havia uma silhueta
preenchida com uma profusão alimentos sadios (frutas, legumes, verduras, grãos,
produtos frescos, etc) e uma outra preenchida com uma profusão de alimentos
industrializados e vazios daquilo que mais necessitamos (vitaminas, sais
minerais, fibras, oligo elementos). O que se percebia? Uma silhueta magra
e outra silhueta gorda/inchada.
A silhueta gorda e inchada é o prenúncio dos
problemas de saúde que vamos desenvolver ao longo de nossa vida e,
principalmente, ao final dela. Justo hoje, quando se fala tanto em qualidade de
vida, com olho no presente e no futuro (com relação a futuro, subentenda-se
velhice), precisamos ser mais seletivos quanto a nossa alimentação. O ser
humano está vivendo mais e, assim, é preciso garantir saúde para os dias da
velhice que certamente trazem limitações com o avançar da idade.
A intolerância ou alergia a certos alimentos tem sua
“cura” com a remoção do mesmo. Há quem aplique o princípio da vacina, administrando
doses bem diluídas ao longo de um tempo para que, a pessoa, geralmente
crianças, adquiram resistência para não mais manifestar as reações adversas ou
alérgicas ao alimento em
questão. Minha mãe fez isso comigo com relação ao leite.
Mas, como já sabemos, não convém contrariar a
natureza pois, fatalmente, no futuro as complicações advindas da insistência em
consumir algo não desejado pelo organismo e seu sistema imunológico trará suas
consequências. Afinal, os instrumentos fisiopatológicos responsáveis pelas
doenças estão presentes em nós anos antes das doenças se instalarem. Ou seja,
estamos constatando a realidade do horizonte clínico.
Entendam, não é porque temos predisposição genética
para manifestarmos certas doenças ao longo da vida que necessariamente iremos
desenvolvê-las.
A predisposição genética é tal qual o gatilho de um
revólver, que pode ou não ser disparado. Qual a sua escolha? Puxar o seu
próprio gatilho ou tomar medidas preventivas de modo que ele não seja
disparado?
É preciso saber que, dentro da equação para uma vida
saudável e duradoura, apesar dos 25% da responsabilidade repousar sobre a nossa
biologia, 75% dessa equação depende do nosso estilo de vida.
Aí você me pergunta: Como assim, nosso estilo de
vida?
E eu te respondo: Sim! A implementação de hábitos
como alimentação saudável (balanceada e sem glúten, sem lactose e sem caseína)
e como a prática de exercícios físicos com regularidade, em nossa rotina
diária, tem forte impacto dentro dessa equação.
Apesar das alergias e intolerâncias alimentares se
manifestarem nos primeiros anos de vida, nada impede que elas se manifestem em
idade tardia, como ocorre com algumas pessoas que se descobrem repentinamente
celíacas.
Então é preciso saber que para as crianças 90%
das alergias alimentares se dão por conta de leite,
ovo, amendoim, soja e trigo. Enquanto que para os adolescentes e
adultos as alergias se dão por conta de mariscos,
peixes, nozes e amendoim.
Outra coisa que precisamos fazer é adotar o uso de
produtos orgânicos, de origem vegetal e animal, livres de pesticidas, hormônios
e antibióticos.
Conforme muito bem dito pelo biólogo Bruno
Zylbergeld, que palestrou sobre “A importância da saúde intestinal nas
intolerâncias e alergias alimentares”, a gente paga o preço pelas escolhas que
faz.
As pessoas que sofrem de doença celíaca ou de
alergias e intolerâncias alimentares precisam evitar ingerir aquilo que lhes
faz mal pois, tudo que diz respeito à saúde e à imunidade de uma pessoa, seja
bom ou ruim, ocorre no trato gastrointestinal.
É preciso agir com extrema consciência quando o
assunto é alimentação, para evitar a hiperacidez e as lesões gastrointestinais,
com a consequente destruição das vilosidades do intestino.
Quando a criança ou o adolescente ou o adulto começa
a apresentar com grande freqüência gases, diarréia, fezes extremamente fétidas,
prisão de ventre, e manifestação de doenças tidas como crônicas (bronquite,
rinite, sinusite), está mais do que na hora de fazer uma investigação para
alergias e intolerâncias alimentares que podem deflagrá-las, que são medidas
através dos exames de sangue pelas taxas de imunoglobulinas (IgE e IgG).
Uma vez que a alergia ou a intolerância alimentar
tenha sido diagnosticada, não existe meio termo. É preciso retirar os fatores
alérgenos da nossa vida. Ou seja, se você ou seu filho foi diagnosticado com doença celíaca ou com intolerância à lactose ou
caseína, ou ambos problemas, retire totalmente o glúten, a lactose e a caseína
de sua vida. E não precisa se desesperar, pois uma vida sem glúten e sem
lactose e sem caseína pode ser extremamente interessante e deliciosa.
A Dra Gisela Savioli, ao palestrar sobre “Como
adequar o seu dia a dia sem glúten e sem lactose”, foi muito clara quando
respondeu a pergunta de um paciente: e agora, o que é que eu vou
comer? Simples, comida de verdade! Comida da vovó!
Aí você se pergunta: comida da vovó?
Sim! Frutas, verduras, legumes, frutas, leguminosas, hortaliças, proteína
vegetal. De preferência, tudo orgânico. Sem pesticidas, sem hormônios e sem
antibióticos. É preciso redescobrir o prazer de comer comida de verdade e,
inclusive, de preparar a própria comida. E, acreditem, esse é o caminho mais
fácil de fazer a família inteira mudar os hábitos alimentares. Pelo menos em
casa, essa atitude irá fazer com que o paciente não se sinta socialmente
excluído ou impossibilitado de participar de reuniões sociais que envolvam
comida. Afinal, o celíaco não pode comer a comida das outras pessoas, mas todo
mundo pode comer a comida do celíaco, pois trata-se de uma comida saudável e
super saborosa.
E já me adaptei e estou adaptando o povo lá de casa.
Quando preciso comparecer a uma reunião social fora
de casa e que envolva comida, não tenho dúvida, faço algumas coisas que gosto
de comer e levo minhas marmitinhas maravilhosas, muito bem servidas. Afinal,
sempre tem alguém querendo experimentar.
Bem, essa foi a solução que encontrei e que tem dado
certo em minha vida. E vc? Vai aderir a uma vida mais saudável e feliz ou vai
ficar pagando o preço das dores de estômago, de barriga, da fibromialgia, da
artrite, das crises respiratórias entre outras enfermidades?
Se eu fosse você, eu mudava rapidinho!
Um beijo e até a próxima matéria.
O nosso muito obrigada para a Silvia, e até o próximo post!
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